Acredito que muitas mulheres tenham o sonho de se tornar mãe desde pequenas pois, quando crianças, nossas bonecas fazem o papel de nossos filhos em nossas brincadeiras. Porém, nenhuma delas realmente nos prepara para os desafios da maternidade, principalmente se seu pequeno ou pequena forem bem arteiros.
Graças a Deus minha gestão foi um sonho. Não tive nenhuma complicação, não sofri muito com os temidos enjoos e nem com os esquisitos desejos. Enjoos somente quando comia doces ou sentia cheiro de café. Meus mais estranhos desejos se resumiram a uma vontade louca de comer miojo, costela e sardinha com farofa...
Com 12 semanas de gestão ficamos sabendo do sexo da criança. Um menino !!! Em todos os ultrassons meu filho não parava quieto dentro da minha barriga. Com 18 semanas, senti o Alexandre (nome em homenagem ao avô e o pai do menino) me chutar pela primeira vez. Foi um sentimento indescritível, uma alegria imensa. Quando eu estava com mais ou menos 30 semanas, o pequeno Alezinho resolveu ficar debaixo das minhas costelas. Todas as futuras mamães falam da dor de um pezinho das costelas, mas a dor de uma cabeça de um bebê nas costelas é terrível; só doía quando eu respirava...
O meu parto não foi nada como eu havia imaginado : Pensava que ia sair um dia de manhã de casa, junto com marido, para a Maternidade, com tudo prontinho e preparado. No fim tudo deu certo mas tudo que eu torcia para não acontecer, aconteceu. Minha bolsa estourou quando eu estava sozinha em casa, numa sexta-feira à tarde, em dia de jogo do Brasil na Copa, faltando pouco mais de uma hora para a partida começar. Até então, estava tudo muito tranquilo naquele 04 de Julho. Comi um prato imenso de macarrão (pois não tinha miojo em casa), passei uma pilha de roupa imensa e estava descansando no sofá de casa, esperando meu marido chegar para vermos o jogo juntos. Como estava sozinha em casa, fui “socorrida” pelo zelador do prédio onde moro, junto com o porteiro. Ao invés de meu marido, foi meu sogro que me conduziu até a maternidade. Meu marido, que já havia saído do trabalho, teve que mudar o itinerário de casa para a maternidade. Não sei como conseguiu, mas, por incrível que pareça, ele conseguiu chegar na maternidade antes de mim. Desesperado, estava na porta da Maternidade, junto com uma enfermeira, me esperando. Meu marido e eu vimos a última vitória da seleção canarinho na Copa na sala de pré-parto. Depois do jogo, meu filho finalmente veio ao mundo naquele inesquecível 04 de Julho de 2014. E desde então, os meus dias nunca mais foram os mesmos...
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